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A Raça Marinhoa   Sistema de Produção


Localização Geográfica

Pode-se afirmar que o Solar da Raça se constituiu na zona ocidental, litoral ou marinha de origem sedimentar, caracterizada pela ausência de relevo, grande humidade e fracas oscilações térmicas. A área de dispersão ou zona de expansão desta raça estendeu-se para as áreas adjacentes onde os animais e os criadores encontraram condições edafo-climáticas similares às da zona do Solar e onde puderam ter continuidade as práticas ancestrais de maneio e de alimentação dos animais. A delimitação desta área é feita naturalmente a oeste pelo mar, a Norte e a Este pelas montanhas circundantes e a sul pelas alterações a nível dos solos, dos sistemas agrícolas e das culturas praticadas.


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Assim, o Solar da Raça é composto pelos efectivos existentes nos concelhos de Ovar, Murtosa, Estarreja, Aveiro, Ílhavo e Vagos. A área de dispersão ou zona de expansão desta raça estendeu-se a outros concelhos deste distrito sendo notória a sua presença em Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga, Oliveira do Bairro, Águeda, Anadia e Mealhada. Além destes devemos ainda ter em conta as freguesias de Ul, Loureiro, Pinheiro da Bemposta e Palmaz no concelho de Oliveira de Azeméis. No distrito de Coimbra abrange os concelhos de Mira, Cantanhede, Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Soure e Coimbra.

Maneio Produtivo

Podem-se distinguir dois sistemas de produção na Raça Marinhoa.

O mais tradicional, que representa a maior parte das explorações e do efectivo é o intensivo. Neste, no entanto distinguem-se três maneios produtivos/alimentares perfeitamente definidos;
  • Intensivo ao ar livre: Muitos destes animais apastam alguns meses por ano, regressando ao estábulo diariamente ou quando as condicionantes edafoclimáticas o exigem. A sua alimentação é à base de pastagens naturais ou semeadas, complementadas com cereais, palhas e algumas leguminosas.
  • Estabulação permanente: Explorações de muito reduzida dimensão, localizadas quase na sua totalidade em zonas serranas, com solos pobres e pequenas parcelas. Os criadores fornecem a totalidade dos alimentos e água aos seus animais, que permanecem confinados ao longo de todo o ano. A sua alimentação consiste basicamente em fenos, palhas, cerais, milharadas e alguns subprodutos de outras culturas.
  • A terceira situação reflecte a reconversão das explorações de vocação leite, que possuem instalações permanentes, com maior capacidade e com técnicas de produção e maneio de cariz intensivo. Nestas situações a alimentação é baseada na silagem de milho, fenos, palhas e algum complemento concentrado.

O segundo sistema de produção é o extensivo, que representa já uma importante fatia no efectivo total da Raça. Estas explorações estão por norma associadas a criadores mais jovens e muitos com formação média ou superior.


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